Leia a resenha de A estreia de Fani, Fani na Terra da Rainha e O roteiro inesperado de Fani.

O sonho de Fani está bem prestes a se realizar. Após deixar o Brasil com uma bolsa para cursar Cinema em Los Angeles, os anos passam e a jovem de Belo Horizonte, acaba tendo seu filme indicado para um concurso de jovens cineastas. É claro que a mídia brasileira não pode ficar de fora desse fato inédito: uma brasileira concorrendo! A equipe da revista virtual brasileira, Cinemateka, está prontíssima para entrevistar Fani. Entre momentos de felicidade, realizações e decisões, um fantasma do passado bate em sua porta. Abrir ou não abrir? 

A série Fazendo meu filme de Paula Pimenta recebe o melhor dos adjetivos para qualquer resenha: envolvente. Todos os quatro livros envolvem o leitor de uma forma que o mesmo só se satisfaz quando chega a última página e fica com aquele gostinho de "quero mais". Já não penso mais que se trata de uma série para garotas adolescentes, como pensava inicialmente. Acredito que até mesmo alguém mais velho, ao ler, relembraria de sua juventude e o peso que isso carrega. As amizades, os amores, a família, a escola, a pressão, etc. Já disse isso em outra resenha, mas volto a repetir, Fani pode ser qualquer um. Pode ser eu, pode ser você, pode ser a própria autora, pode ser qualquer um.

A única diferença que podemos ver no quarto livro da série para os outros três é na narrativa. Desta vez, somos contemplados, não só com a narrativa engraçada de Fani, como também a de Leo. Sendo assim, o livro se divide em três partes, em que nessas três, os personagens se alternam para narrar os acontecimentos. Para minha alegria, continuamos com as citações cinematográficas a cada início de capítulo! Isso já me deixou com vontade de assistir tantos filmes...

A história - ou poderia dizer roteiro? - de Fani continua leve, viva e jovem. Inicialmente, até acreditei que não fosse gostar desta divisão na narrativa, entre passado e presente, Fani e Leo, mas acabei me acostumando e depois, se tornou natural.

Tudo o que eu tenho a dizer sobre este último livro, pode ser lido nas resenhas dos volumes anteriores. Pensando bem, é justamente aí que está o ponto forte de Fani. Não é só o fato de envolver o leitor e deixá-lo curioso, mas prender seu público com os quatro volumes. Isto é, nenhum peca. Não tem nada de "ah, o segundo é melhor do que o primeiro" e isso é realmente maravilhoso. Acredito que são poucos os escritores que conseguem fazer tal feito.

Aliás, contamos novamente com várias menções de Los Angeles! Dá até vontade de ficar lost in the city of angels (quem percebeu a referência? 30 Seconds to Mars - City of Angels, não conseguia parar de pensar na música enquanto lia!).

E aí, preparados para embarcar no roteiro de Fani?