Projeto de leitura: literatura japonesa
Não é novidade nenhuma para quem me acompanha em qualquer rede social que eu adoro cultura japonesa. Mesmo assim, não entendo muito sobre literatura japonesa - li pouquíssimos livros, em sua maioria contemporâneos. Por esse motivo, decidi que em 2018 eu começaria a quitar essa dívida. Pesquisei bastante e decidi criar um projeto de leitura para mergulhar de vez na literatura nipônica. Selecionei oito livros para esse projeto, que pretendo completar dentro de um ano e meio, no máximo. O meu objetivo não é somente ler as obras, mas também procurar compreender suas várias camadas e interpretações através de discussões e leituras de apoio.
Já deixo avisado que alguns autores e obras ficaram de fora dessa seleção. Como não é a minha intenção estender esse projeto por muito tempo, optei por livros mais curtos. Além disso, dentre os autores mais conhecidos, busquei por obras que me despertassem maior interesse. Como vocês podem ver, esse projeto de leitura acaba adquirindo um cunho pessoal, já que foi moldado conforme minhas preferências. Ah! Também não é minha intenção ler por ordem de publicação. Afinal, se for assim, o projeto custa mais para andar, né?
Sem mais delongas, fiquem com os livros para o meu projeto de leitura: literatura japonesa!
O livro do travesseiro (Sei Shonagon)
Escrito no século X em Quioto por Sei Shonagon, dama da corte da imperatriz Teishi, O livro do travesseiro é a principal obra da literatura clássica japonesa. Composto por mais de trezentos textos curtos — que podem ser lidos em sequência ou com a liberdade do acaso —, o livro compõe um verdadeiro inventário da cultura do Japão feudal, vista pelo olhar poético de uma grande escritora.
Publicado pela Editora 34. Clique aqui para mais informações.
Kyoto (Yasunari Kawabata)
Ambientado no período pós-guerra, o livro narra a trajetória de Chieko, filha adotiva de um comerciante de quimonos, Takichiro, e sua esposa, Shige. Chieko é uma jovem que trabalha na loja da família e a vê em processo de falência, assim como vários outros pontos comerciais da antiga capital japonesa, em razão de mudanças nos valores culturais, agora fortemente influenciados pelo Ocidente. Durante um passeio pela aldeia de Kitayama, região montanhosa na periferia de Kyoto onde são cultivados cedros, Chieko acidentalmente conhece sua irmã gêmea, Naeko. Separadas ainda quando bebês, criadas em ambientes hierarquicamente distantes entre si, as irmãs agora tentam se aproximar, e se deparam com a inevitabilidade do destino, o afloramento da sexualidade e o surpreendente curso do acaso.
Publicado pela editora Estação Liberdade. Clique aqui para mais informações.
E depois (Natsume Soseki)
O universo de 'E depois' gira em torno do protagonista Daisuke Nagai e sua visão de mundo. Jovem solteiro de 30 anos, ele não trabalha e é sustentado pelo pai abastado, que, por sua vez, não se incomoda tanto com a ociosidade do filho. No entanto, exige que seu herdeiro se case, por uma questão de valores sociais e de interesse para os negócios. Essa situação é uma ofensa para o espírito do filho, contestador da ordem moral vigente e que busca afirmar o tempo todo a importância do individualismo. Tudo se complica quando Daisuke passa a gostar da mulher de um grande amigo. No entanto, o triângulo amoroso não é mote para sentimentalismos, mas o combustível de um homem decidido a romper padrões.
P.S: fiquei com vontade de ler esse livro graças à um dorama que comentei há algum tempinho aqui no blog, o Antiquarian Bookshop.
Publicado pela editora Estação Liberdade. Clique aqui para mais informações.
Coração (Natsume Soseki)
Coração é um livro que pulsa entre vários mundos: o mundo particular dos dois personagens principais e o da sociedade à sua volta; o mundo da cultura tradicional japonesa e o da modernização ocidentalizante; o mundo da política interna japonesa e o da política internacional. É, assim, um romance que capta as fortes pulsações desses mundos distintos no início do século XX, e reconstrói o modo como ecoam na vida dos dois personagens, “eu” e “professor”. O livro se divide, com simplicidade, em três partes: “o professor e eu”; “meus pais e eu”; “o professor e o testamento”. Na primeira, “eu” narra sua amizade com o “professor”. Na segunda, “eu” parte de Tóquio de volta para sua cidade natal, em função da doença do pai. Coincidindo com a morte do imperador, “eu” deixa, porém, o pai doente e retorna a Tóquio para receber a carta-testamento do “professor” (que constitui a terceira parte do livro, e na qual ele, enfim, revela sua história, incluindo disputas familiares por herança e um triângulo amoroso, com direito ao suicídio de um dos envolvidos — tudo bastante distante, portanto, do que indica a rígida etiqueta social nipônica).
Publicado pela editora Globo Livros. Clique aqui para mais informações.
Escrito no século X em Quioto por Sei Shonagon, dama da corte da imperatriz Teishi, O livro do travesseiro é a principal obra da literatura clássica japonesa. Composto por mais de trezentos textos curtos — que podem ser lidos em sequência ou com a liberdade do acaso —, o livro compõe um verdadeiro inventário da cultura do Japão feudal, vista pelo olhar poético de uma grande escritora.
Publicado pela Editora 34. Clique aqui para mais informações.
Kyoto (Yasunari Kawabata)
Ambientado no período pós-guerra, o livro narra a trajetória de Chieko, filha adotiva de um comerciante de quimonos, Takichiro, e sua esposa, Shige. Chieko é uma jovem que trabalha na loja da família e a vê em processo de falência, assim como vários outros pontos comerciais da antiga capital japonesa, em razão de mudanças nos valores culturais, agora fortemente influenciados pelo Ocidente. Durante um passeio pela aldeia de Kitayama, região montanhosa na periferia de Kyoto onde são cultivados cedros, Chieko acidentalmente conhece sua irmã gêmea, Naeko. Separadas ainda quando bebês, criadas em ambientes hierarquicamente distantes entre si, as irmãs agora tentam se aproximar, e se deparam com a inevitabilidade do destino, o afloramento da sexualidade e o surpreendente curso do acaso.
Publicado pela editora Estação Liberdade. Clique aqui para mais informações.
E depois (Natsume Soseki)
O universo de 'E depois' gira em torno do protagonista Daisuke Nagai e sua visão de mundo. Jovem solteiro de 30 anos, ele não trabalha e é sustentado pelo pai abastado, que, por sua vez, não se incomoda tanto com a ociosidade do filho. No entanto, exige que seu herdeiro se case, por uma questão de valores sociais e de interesse para os negócios. Essa situação é uma ofensa para o espírito do filho, contestador da ordem moral vigente e que busca afirmar o tempo todo a importância do individualismo. Tudo se complica quando Daisuke passa a gostar da mulher de um grande amigo. No entanto, o triângulo amoroso não é mote para sentimentalismos, mas o combustível de um homem decidido a romper padrões.
P.S: fiquei com vontade de ler esse livro graças à um dorama que comentei há algum tempinho aqui no blog, o Antiquarian Bookshop.
Publicado pela editora Estação Liberdade. Clique aqui para mais informações.
Coração (Natsume Soseki)
Coração é um livro que pulsa entre vários mundos: o mundo particular dos dois personagens principais e o da sociedade à sua volta; o mundo da cultura tradicional japonesa e o da modernização ocidentalizante; o mundo da política interna japonesa e o da política internacional. É, assim, um romance que capta as fortes pulsações desses mundos distintos no início do século XX, e reconstrói o modo como ecoam na vida dos dois personagens, “eu” e “professor”. O livro se divide, com simplicidade, em três partes: “o professor e eu”; “meus pais e eu”; “o professor e o testamento”. Na primeira, “eu” narra sua amizade com o “professor”. Na segunda, “eu” parte de Tóquio de volta para sua cidade natal, em função da doença do pai. Coincidindo com a morte do imperador, “eu” deixa, porém, o pai doente e retorna a Tóquio para receber a carta-testamento do “professor” (que constitui a terceira parte do livro, e na qual ele, enfim, revela sua história, incluindo disputas familiares por herança e um triângulo amoroso, com direito ao suicídio de um dos envolvidos — tudo bastante distante, portanto, do que indica a rígida etiqueta social nipônica).
Publicado pela editora Globo Livros. Clique aqui para mais informações.
Durante a Segunda Guerra, em Quioto, um jovem assistente de sacerdote frequenta o templo do Pavilhão Dourado, ambiente antes cultuado por seu pai como o lugar mais belo do mundo. Ali, Mizoguchi, adolescente inseguro, introspectivo, que sofre de gagueira e é incapaz de estabelecer verdadeiras amizades, encontra refúgio para suas aflições. Quando conhece Kashiwagi, deficiente físico muito mais experiente no mundo e no sexo, Mizoguchi desperta para o que chama de mal absoluto. O conhecimento do mal, associado à ideia de perfeita beleza, princípio básico do Pavilhão Dourado, faz com que o jovem alimente sonhos de destruição e autodestruição, estranhas conjecturas sexuais e reflexões sobre o significado dos valores universais, numa tortura mental que revela que o mal e a beleza não estão tão distantes quanto parecem.
Publicado pela editora Companhia das Letras. Clique aqui para mais informações.
Uma questão pessoal (Kenzaburo Oe)
Em 1964, o romancista japonês Kenzaburo Oe recebia a notícia de que seu primeiro filho nascera com uma anomalia cerebral. É a mesma situação enfrentada pelo protagonista de Uma questão pessoal, o professor Bird. Aos 27 anos, ele leva uma vida mediana, bebendo pelos bares de Tóquio e sonhando com aventuras no distante continente africano. A gravidez da mulher acrescenta angústia ao cotidiano de Bird. A idéia de que será pai e chefe de família faz com que se sinta condenado à vida cotidiana. Para piorar, depois do parto, os pais descobrem que uma anomalia cerebral fará o menino ter uma vida vegetativa. Bird não suporta a possibilidade de se ver atrelado para sempre a um filho anormal. Passa, então, a desejar a morte da criança. Aos poucos, porém, Bird se dá conta de que a crise era uma oportunidade para percorrer um caminho de conquista da realidade, enfrentando os desafios de amadurecimento da vida adulta.
Publicado pela editora Companhia das Letras. Clique aqui para mais informações.
O museu do silêncio (Yoko Ogawa)
Os museus têm como pressuposto guardar objetos de valor histórico ou científico para fins de exibição pública, de modo a registrar à posteridade a importância que eles tiveram para a humanidade num período determinado. Mas como seria no caso de um museu que tivesse como objetivo preservar lembranças de pessoas que morreram? Essa é a essência da trama proposta pela japonesa Yoko Ogawa neste O Museu do Silêncio.
Publicado pela editora Estação Liberdade. Cliquei aqui para mais informações.
Kappa e o levante imaginário (Ryunosuke Akutagawa)
Kappa e o Levante imaginário promove um sobrevoo pela obra de Akutagawa, mestre inconteste da narrativa breve, trazendo ao leitor contos inéditos no Brasil, como Inferno, O dragão e Rodas dentadas, entremeados por novas traduções de contos célebres da narrativa japonesa moderna, como Rashomon e o controverso Kappa.
Publicado pela editora Estação Liberdade. Clique aqui para mais informações.
1 pessoas devoraram
A quanto tempo vc estuda o japonês?
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